PR perde liderança em número de bariátricas após pandemia

O Paraná é o segundo que mais realiza cirurgias bariátricas no país, atrás apenas de São Paulo. Entre janeiro e junho deste ano, o Paraná realizou 601 procedimentos, 23 a menos que o estado vizinho. Apesar da retomada de cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS), o número de paranaenses que têm acesso ao tratamento cirúrgico da obesidade registra uma queda de 83,6% se comparado ao mesmo período antes da pandemia.

Segundo o vice-presidente do Paraná da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Dr. José Alfredo Sadowski, é importante que a cirurgia bariátrica seja vista como uma prioridade para pacientes com obesidade grave.

“A obesidade grave causa diversas doenças podendo aumentar bastante a mortalidade. Cerca de 70% das pessoas obesas mórbidas vão morrer antes dos cinquenta anos e aquelas que chegam até a terceira idade possuem uma qualidade de vida muito ruim”, explica o cirurgião.

Historicamente, o Paraná era o estado que mais realizava cirurgias bariátricas no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre janeiro e junho de 2019, por exemplo, o estado realizou mais de 3,6 mil cirurgias. Naquele ano, foram 7.456 pacientes operados no estado, o que representou mais da metade das cirurgias bariátricas realizadas em todo o território nacional naquele ano.
OBESIDADE

O último levantamento do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) da Secretaria de Saúde do Paraná mostrou que 34% dos adultos com peso e altura aferidos estavam obesos. As causas desta doença são multifatoriais, envolvendo fatores genéticos, comportamentais, sociais e ambientais que vão além do nível individual e exigem medidas complexas em todos os setores da sociedade para promover a adoção de estilos de vida saudáveis.

“A obesidade é uma doença crônica, portanto não tem cura, e está associada a diversas comorbidades que acometem todo o corpo. Ano após ano, os índices de obesidade vem aumentando em todo o mundo. A cirurgia bariátrica é hoje o tratamento mais eficaz para o controle da obesidade severa, e nos últimos anos, principalmente após a pandemia, os pacientes têm enfrentado o agravamento de suas doenças enquanto aguardam pelo procedimento”, diz Sadowski.

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Redação JC

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