Adair José Lago, marido de Franciele Gusso Rigoni, foi preso temporariamente pela equipe da Delegacia do Alto Maracanã nessa sexta-feira (2). Ele é suspeito pela morte da mulher, de 35 anos, na última quarta-feira (31). Moradora de Pinhais, Franciele foi encontrada morta dentro do próprio carro na Av. Papa Calixto II, no Guarani, em Colombo.
Foi o próprio suspeito quem acionou a polícia, alegando que a esposa havia combinado de buscá-lo em um material de construção e não havia aparecido. Franciele foi encontrada com marcas de facada no banco do passageiro do próprio veículo.
A princípio, a polícia não havia identificado evidências que ligassem Adair Lago ao crime. O casal havia sido vítima de um sequestro três semanas atrás, porém não havia indícios de correlação com este crime. Imagens de câmeras de segurança do condomínio de luxo onde ambos moravam e marcas de sangue no local levantaram a suspeita de que ele tenha cometido o crime. Ele foi capturado durante o velório da esposa, no Cemitério Vertical, em Curitiba, e levado para a Delegacia do Alto Maracanã.
O advogado de Lago, Jefferson Nascimento da Silva, disse que seu cliente se declarou inocente à defesa e está à disposição para colaborar com as investigações. “Precisamos verificar as imagens que a Polícia tem, verificar se a Franciele já estava sem vida nelas e se as marcas de sangue encontradas realmente são da esposa”, afirmou. “Ele deixou celular, dados bancários e outras informações à disposição. Não podemos presumir que ele seja culpado até que a investigação seja concluída, e nós acompanharemos as diligências da Polícia Civil”, complementou.
Ainda segundo o advogado, o casal vinha sendo ameaçado, e uma familiar da vítima estava ciente dessa situação. Ele afirmou que a informação repassada à imprensa pela Polícia de que Lago estaria retirando o dinheiro de suas contas bancárias e já teria entregado a casa onde o casal residia ainda não era de conhecimento da defesa.
Este fator, segundo a investigação, foi fundamental para a decisão de prender o marido, visando evitar uma eventual fuga. Herculano de Abreu, delegado da Delegacia do Alto Maracanã, afirmou que os indícios de que Lago seja o autor do crime são robustos. Nas imagens coletadas, por exemplo, o suspeito sai do condomínio com Franciele usando óculos escuros no banco do passageiro, que estava reclinado, da mesma forma como a Polícia Militar localizou o corpo em Colombo.
Na saída da Delegacia do Alto Maracanã para o Fórum da cidade, onde passou por audiência de custódia, Adair afirmou à imprensa que é inocente. Ele segue à disposição da Justiça, e as investigações continuam a cargo da equipe da Polícia Civil de Colombo.