A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu temporariamente dez pessoas e apreendeu dois helicópteros avaliados em quase R$ 2 milhões durante uma operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (13). A ação abrangeu três estados e faz parte de uma investigação que revelou o envolvimento de um grupo especializado no transporte e distribuição de grandes quantidades de drogas.
Prisões e apreensões em três estados
As ações ocorreram simultaneamente nas cidades de Araucária, Curitiba e Campo Largo, no Paraná; Ponta Porã e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; e Fernandópolis, em São Paulo. Oito suspeitos foram capturados em Curitiba e na Região Metropolitana, enquanto outros dois foram detidos no interior de São Paulo.
Helicópteros usados em rotas de difícil acesso
De acordo com a PCPR, as aeronaves apreendidas eram usadas para o transporte de entorpecentes, facilitando o uso de rotas aéreas entre estados e regiões de difícil acesso. “As investigações demonstraram que a organização utilizava uma logística sofisticada, incluindo o uso de aeronaves para o transporte de drogas, o que lhes dava maior agilidade e dificultava a fiscalização pelas autoridades”, afirmou o delegado Victor Loureiro, responsável pela operação. Segundo ele, a apreensão dos helicópteros é um dos fatores essenciais para desarticular as atividades do grupo.
Ligação com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro
Um dos helicópteros já havia sido identificado e estava sob mandado judicial para sequestro. O segundo foi localizado em uma chácara alvo da operação. Essa aeronave estava registrada em nome de um suspeito preso em flagrante na última terça-feira (10), em Campo Grande (MS), com 922 quilos de maconha em uma caminhonete.
Os suspeitos responderão pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que o grupo possuía uma estrutura organizada com ramificações interestaduais. Movimentações financeiras suspeitas sugerem a prática de lavagem de dinheiro relacionada às atividades do tráfico.
Grupo criminoso utilizava esquema financeiro para ocultar lucros
Durante investigações anteriores, armas de fogo, drogas, munições e documentos foram apreendidos, fornecendo mais indícios da atuação criminosa da organização. Além do transporte de drogas, o grupo operava um esquema financeiro complexo para ocultar os lucros obtidos com o tráfico, utilizando contas bancárias de terceiros para movimentações de grandes somas de dinheiro.
A operação desta sexta-feira marca uma etapa crucial nas investigações, e a PCPR continuará trabalhando para identificar outros envolvidos e desmantelar completamente a organização criminosa.
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