A família do pequeno Guilherme de Castro dos Santos, de apenas 4 anos, tem motivos de sobra para comemorar neste final de semana, tudo porque a criança que foi diagnosticado com Leucemia aos 2 anos, recebeu nesta semana uma medula 100% compatível.
E para celebrar a família irá percorrer as ruas da cidade de Colombo, em um evento denominado “Carreata da Vitória”. O evento será neste domingo, e terá início a partir das 14h. O ponto de partida será a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, no Centro de Colombo. Pelas mídias sociais, a família convocou as pessoas para estarem junto com Guilherme neste primeiro aniversário da nova vida.
Antes, o menino e a família passaram por dias de muita luta. Assim que a família de Guilherme recebeu a notícia sobre a doença, há dois anos, foi iniciado o tratamento e a corrida por um doador de medula óssea, para transplante. A mãe, Francieli Aparecida de Castro, conta que foram várias sessões de quimioterapia, que fizeram o menino perder os cabelos e o deixaram bastante debilitado.
“Ele ficou na fila do transplante. A gente tinha muito medo que não encontrasse pra ele o doador. Fizemos os exames, eu, meu marido e meus filhos. Meu marido, Graças a Deus foi 50% compatível com ele, isso ano passado”, recorda Francieli em entrevista ao Jornal de Colombo.
A mãe ainda relatou para receber a medula doada pelo pai foi marcado a data. Só que as vésperas do dia do transplante uma notícia ainda melhor chegou para a família de Guilherme, conforme a mãe relatou a nossa equipe. “Na semana do transplante, ele precisou coletar novos exames e, do nada, Deus mandou um doador 100% compatível. A medula veio de fora do Brasil, da Alemanha. Fiquei sem palavras, coisa de Deus, foi inesperado”, celebra.
Guilherme foi submetido então a seis sessões de radioterapia e três de quimioterapia, de fortes níveis, antes da cirurgia que mudaria a vida dele e da família. O transplante aconteceu no dia 18 de maio de 2021.
Em princípio, como conta a mãe, foi tudo bem. Passados alguns dias a família ainda passou por dias de bastante apreensão e ansiedade. Guilherme teve muita febre – termômetro chegava a marcar 40.1 graus – e outros sintomas, considerados normais pelos especialistas após esse tipo de procedimento, até que a medula “pegue”, como se diz quando o organismo aceita a medula óssea transplantada e o quadro da doença começa a ser revertido.
“Eles diziam que era normal, mas eu morria de medo, por tudo que a gente passou durante o tratamento, que fosse alguma coisa ruim”, diz Francieli. Até que, no dia 5 de junho de 2021, chegou a tão sonhada notícia: a medula pegou.
Uma emoção impossível de descrever em palavras, como recorda a mãe de Guilherme:
“É uma sensação muito boa que a gente sente. Não sei nem explicar o que a gente sente hoje.”