O governador Ratinho Júnior anunciou nesta segunda-feira, 18, em entrevistas concedidas a redes de televisão, que o Governo do Estado iniciou nesta semana a testagem em massa da população como estratégia de combate à Covid-19. O objetivo do governo, segundo o governador, é chegar aos 5 mil testes até o fim desta semana e ampliar gradativamente o processamento dos exames. A estimativa da Secretaria de Estado da Saúde é que o Paraná terá capacidade para fazer 40 mil diagnósticos semanais até o próximo mês. A meta é chegar a 200 mil pessoas testadas em 90 dias.

Os kits com testes RT-PCR, considerados padrão ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já começaram a ser encaminhados para os municípios e hospitais de referência para atendimento dos casos de Covid-19. “A testagem em massa nos dará uma radiografia importante para tomar decisões. Com o aumento, a partir de hoje, seremos disparadamente o estado com o maior volume de testes, número próximo a países de primeiro mundo”, afirmou o governador. “O grande êxito do Paraná é fazer um bom planejamento estratégico em cima de dados e ouvindo os especialistas. É o que tem funcionado até o momento, trazer para cá o que está dando certo no mundo”, completou Ratinho. Atualmente, o estado encontra-se apenas na 16ª colocação entre as unidades federativas brasileiras que mais testaram a população.

Logística

Após a coleta nos municípios, as amostras retornarão a Curitiba, para serem processadas no Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) e no Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), localizado no parque tecnológico do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). A distribuição de testes entre os municípios leva em consideração os dados epidemiológicos de cada um, como o número de casos confirmados e a população de risco, além de outras variantes. Além disso, mesmo com a ampliação da testagem, a orientação do Governo do Estado é manter o isolamento social. “A recomendação, desde o início da pandemia, é a mesma. Não existe vacina ou remédio comprovado que resolva o problema da Covid-19. O isolamento social e o uso de máscara são o grande remédio para o momento, especialmente para as pessoas com mais de 60 anos e outros grupos de risco”, alertou.

O governador também destacou as ações de ampliação da rede hospitalar. De acordo com o chefe do executivo estadual, foram adicionados mais de 3 mil leitos de enfermaria e UTIs exclusivos para pacientes da Covid-19, distribuídos na rede estadual e em hospitais filantrópicos e particulares. Também foram aceleradas as obras dos hospitais regionais de Telêmaco Borba, Guarapuava e Ivaiporã, que devem ser inaugurados nas próximas semanas para receberem esses pacientes. “Temos uma boa rede de atendimento, com um grande reforço no Interior do Estado. É o acompanhamento diário do número de pessoas infectadas, junto à ocupação dos leitos, que baliza a tomada de decisões. Temos que tomar cuidado para que não haja uma superlotação dos hospitais”, afirmou, avaliando que o lockdown, ou toque de recolher, é uma medida que está sendo evitada. “Queremos evitar o lockdown. A economia é fundamental, a atividade econômica sustenta o País e o Estado, gera empregos. Mas não dá para tratar de um momento anormal de forma normal”, destacou.  “Tentamos criar um ambiente para que alguns setores, que sofrem mais, sejam menos impactados. Queremos passar por essa pandemia com o menor prejuízo de vidas e também o menor prejuízo na economia. É um ponto de equilíbrio difícil de alcançar, mas até o momento temos conseguido passar com mais segurança que algumas regiões do mundo”, finalizou. 

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