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Moradores articulam associações de bairro para minimizar efeitos da pandemia

A crise financeira vivida no país foi ainda mais agravada pela pandemia do novo coronavírus. Dólar subiu, produtos ficaram mais caros, pais e mães de família perderam seus empregos. A situação de vulnerabilidade social aumentou. Para enfrentar tudo isso, moradores do Jardim Ana Rosa e do Jardim Marambaia, em Colombo, decidiram se organizar localmente para diminuir o impacto da pandemia, mas já pensando no futuro sem a Covid-19.

Em ambos os bairros, foram criadas associações de moradores, antes inexistentes, para realizar ações de cunho social, como doação de alimentos, mas também de assessoria junto à população em relação a serviços públicos. “Essa ideia veio logo após a pandemia, decorrente de um trabalho social que fazemos desde muito tempo. Mas quando me vi fora da sala de aula, com mais tempo livre, fui para a rua para atender as pessoas e fomos amadurecendo a ideia de organizar a sociedade civil”, explica a ativista Silmara Mayer, mais conhecida como Professora Silmara. 

No Ana Rosa, a associação já foi constituída formalmente, enquanto a do Jardim Marambaia está sendo realizado o processo de formalização. Ambas as entidades já possuem sede física, locada. O aluguel do espaço é pago com recursos próprios, através de doações e bazares beneficentes.

Além das ações sociais, o grupo planeja expandir seu campo de atuação no futuro. “A gente não pode expandir muito as atividades por causa da Covid-19, mas as associações fazem a realização semanal de sopa, além de prestar uma assessoria para quem precisa de médico, serviços da Assistência Social e outras situações de vulnerabilidade social que a própria comunidade traz para a associação. Também estamos nos organizando para implantar bibliotecas nos dois espaços e, assim que for possível, mapear universitários da região que possam contribuir como estagiários em suas respectivas áreas de formação, além de atividades complementares que sejam alinhadas junto às escolas e CMEIs do bairro”, detalha Silmara, que é professora da rede municipal de ensino há 25 anos e também candidata a vereadora em Colombo. 

Entre os voluntários da equipe está a adolescente Julia da Silva, de 15 anos. Ela é moradora do Ana Rosa desde que nasceu e passou a participar dos trabalhos da associação assim que o descobriu. “Conheci o trabalho durante uma distribuição de sopa. Depois vimos um bazar lá na frente de casa. E eu e minha mãe fomos ver o que era. Minha mãe foi chamada para participar e eu já fui entrando junto. Sempre gostei de fazer trabalho voluntário. E desde a primeira vez que participei me apaixonei pelo que era feito”, conta. 

Julia também destaca os problemas enfrentados na comunidade, como a violência. “É um trabalho importante, principalmente pelos jovens. Nosso bairro é muito fácil de se perder. Temos situações complicadas muito próximas de nós”, afirma. “Se você só vê aquele caminho, qual você vai dizer que é certo? Precisamos mostrar a eles que há outros caminhos, há uma luz”, encerra Silmara.

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Redação JC

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