Médicas esclarecem sobre varíola dos macacos em transmissão on-line

Recentemente, a varíola dos macacos ou monkeypox (MPX) foi declarada uma emergência de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde e tem, cada vez mais, preocupado autoridades internacionais, nacionais e locais. Em Curitiba, a Secretaria Municipal de Saúde já identificou que há transmissão comunitária.

Para falar sobre o tema e orientar a população em geral, o Hospital São Vicente promove a live “Bate-papo sobre a Monkeypox/Varíola dos Macacos”, no dia 29 de agosto, às 20h, nos perfis do Instagram @saovicentecuritiba e @dravanessastrelow. O encontro será conduzido pelas médicas do Hospital São Vicente, a infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, Dra. Vanessa Strelow, e a diretora técnica, Dra. Cecília Vasconcelos.

Dra. Vanessa destaca a forma de transmissão da varíola dos macacos. “Trata-se de uma doença viral transmitida principalmente por contato próximo ou íntimo com lesões de pele de pessoas infectadas. A forma de contato se dá pelo abraço, beijo e relações sexuais, por exemplo.” Ela esclarece que a transmissão do vírus via gotículas respiratórias é possível, mas só ocorre quando há um contato bastante próximo entre o paciente infectado e outras pessoas.

Até o momento, a principal forma de transmissão do surto atual parece ser o ato sexual, mas a médica alerta que outras formas de transmissão são possíveis. “Por meio do contato com secreções presentes em tecidos e roupas usadas pela pessoa com a infecção e também com objetos que contenham essas secreções”, ressalta Dra. Vanessa. A pessoa com monkeypox só deixa de transmitir a doença depois da cicatrização completa de todas as suas lesões de pele.

Os sintomas iniciais mais comuns da doença são: febre, dores no corpo e de cabeça, cansaço e aumento nos gânglios. Alguns dias depois do início desses sintomas surgem as lesões de pele. A médica infectologista salienta que “durante o surto atual, há uma preponderância de lesões na região genital”. Na maioria dos casos, os sintomas são leves ou moderados. “Complicações são raras. Quando ocorrem, elas incluem encefalite, infecções bacterianas secundárias da pele, desidratação, conjuntivite, ceratite e pneumonia”, diz Dra. Vanessa. A doença é considerada grave quando são detectadas mais de cem lesões cutâneas, insuficiência respiratória, confusão mental, desidratação, entre outros sintomas.

O diagnóstico da doença é realizado por meio de exame laboratorial RT-PCR de fluidos das lesões. “O tratamento se dá tratando os sintomas, pois não temos até o momento disponibilidade de antivirais específicos para monkeypox no Brasil”, explica.

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Redação JC

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