A Secretaria de Estado da Saúde está implantando um processo de reestruturação no Hospital de Dermatologia Sanitária São Roque, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, que passa a funcionar como hospital-dia, otimizando a estrutura física da instituição. “Estamos reorganizando as unidades sob gestão da Secretaria com o objetivo de ampliar a oferta de serviços para a comunidade e direcionar a aplicação correta dos recursos financeiros públicos”, afirmou o secretário da Saúde, Beto Preto.
As mudanças na unidade se dão em razão dos dados de avaliações realizadas pelo Datasus (Dados do Ministério da Saúde), que mostram redução gradativa no número de internados no Hospital São Roque. Em 2018 foram registrados 181 internamentos; em 2019 foram 76; e em 2020 o registro aponta 171. Em 2021, entre janeiro e março, o hospital manteve uma média de 10 internamentos/mês, sendo que mantinha 30 leitos ativos e cerca de 20 ficavam desocupados na maior parte do tempo.
Porém, no mesmo período de 2021, o São Roque registrou mais de 4.500 atendimentos ambulatoriais, entre consultas, procedimentos e curativos especiais, confirmando a importância da manutenção dos serviços ambulatoriais. “Avaliamos dois contextos: o de baixíssima procura por internamentos comprovado pelos registros e também o da constante procura por serviços ambulatoriais. Assim, baseados em análises, redefinimos o funcionamento do Hospital São Roque para hospital-dia. Estamos investindo na ampliação da oferta laboratorial, agregando profissionais especializados, equipamentos e insumos. A expectativa da Sesa, ainda no primeiro semestre deste ano, é triplicar os atendimentos”, explicou o chefe de gabinete da pasta, Cesar Neves.
O ambulatório prevê atendimento integral ao paciente, com equipe multiprofissional, exames complementares, pequenos procedimentos cirúrgicos, fototerapia (terapia com luzes especiais), reabilitação e internamentos na modalidade hospital-dia. “Numa segunda etapa pretendemos implantar o AME (Ambulatório Médico Especializado), que vai priorizar as especialidades com maior demanda na região, com centro de apoio e diagnóstico”, explicou Cesar.
O projeto tem ainda uma terceira etapa que pretende instalar um centro de especialidades odontológicas e outros ambulatórios vinculados à saúde da mulher e pediatria. “Com a conclusão de todas as etapas, a expectativa é de colocar em funcionamento um grande centro de especialidades na Região Metropolitana com capacidade instalada para ofertar mais de 30 mil atendimentos/mês”, acrescentou.
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