Sabe-se que vivemos a liderança em nosso cotidiano. Observa-se que todos nós exercemos algum tipo de liderança, seja ela formal ou informal, sendo seguidor de um líder ou sendo seguido pelos liderados. Durante esta análise lembrei que algumas vezes em que me senti insatisfeito, desmotivado no local de trabalho por falta de reconhecimento, não demorei muito tempo para eu tomar uma atitude: logo saí do emprego e busquei a troca do ambiente. Não abandonei a instituição em que eu trabalhava, mas sim, larguei e abandonei o meu chefe que estava sendo desleal comigo.
É notório que esta opinião guardei no âmago da minha alma, procurei sair da empresa, onde estava insatisfeito, pela porta da frente, com muita dignidade, diplomacia e discrição, sem levantar os verdadeiros motivos que me levaram a tomar tal decisão. Ao ler o livro “A lei do triunfo para o Século XXI”, escrito pelo professor Jamil Albuquerque, percebi tal tema sobre uma nova ótica. Ao traduzir um discurso de formatura da Academia Militar Americana, podemos ver o Major Mach advertir os aspirantes, fazendo um paralelo entre um líder versus um parasita:
“…deve-se andar a justiça no elogio. Assim, quando um dos seus homens tiver realizado um trabalho digno de crédito, o oficial deve providenciar para que ele receba a justa recompensa. Nunca deve tentar arrebatar-lhe o feito e ganhar os elogios para si. Poderá fazer isso, mas, neste caso já não terá lealdade e o respeito dos seus homens. Cedo ou mais tarde, os seus irmãos de armas, oficiais, virão a saber do fato e o evitarão como um réprobo. Na guerra há gloria bastante para todos. Deem aos seus homens o que eles merecerem, aquele que toma sempre e nunca dá não é líder, é um parasita.” (ALBUQUERQUE, 2009)
Ao visitar esta obra, consegui elencar quatro traços diferenciais entre o líder e o parasita:
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O líder sempre elogia os subordinados em público quando merecido; já o parasita esconde os subordinados.
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O líder busca recompensar o subordinado, enquanto o parasita busca arrebatar os feitos para si, para ganhar elogios.
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O líder desenvolve o engajamento da equipe, enquanto o parasita perde o respeito e a lealdade da equipe.
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Por fim, o líder conquista com a prática da justiça a admiração e o comprometimento dos seus subordinados, pares e superiores. O parasita acaba com a sua reputação e todos querem vê-lo pela costas, e acaba ficando sozinho no meio da guerra.
No apogeu da fundamentação evidenciei que durante a minha carreira, em alguns episódios eu não estava sendo liderado e, sim, sendo sugado por um parasita que esgotava todas as minhas forças. A falta de reconhecimento é uma doença que destrói o capital humano nas empresas e organizações contemporâneas. Diante desta constatação devemos fazer a escolha correta: abandonar o parasita. E buscar ser feliz ao lado de um líder eficaz que sabe valorizar a equipe. Fica a pergunta para a meditação: Você é um líder ou um parasita para a sua equipe?
Marcelo Castilhos
Especialista em Administração de pessoas (UFPR)