Nesta quarta-feira, 17, o governador Ratinho Junior se reuniu por videoconferência com os prefeitos da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec). Também participaram do encontro o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto e o presidente da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), Gilson Santos.
A reunião serviu para que o Governo do Estado apresentasse algumas deliberações sanitárias que devem ser adotadas por decreto a partir da próxima sexta-feira, 19, com o intuito de frear o crescimento de casos do novo coronavírus. A principal preocupação no momento é evitar o colapso do sistema de saúde. A capital Curitiba, por exemplo, já possui uma taxa de ocupação de leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) de 85%. Considerando a macrorregião leste, a taxa de ocupação é de 74%, segundo dados oficiais.
De acordo com o Governo do Estado, as medidas em estudo são o escalonamento das atividades comerciais para evitar aglomerações em horários específicos; escalonamento dos funcionários terceirizados das administrações municipais; fechamento dos shopping centers aos finais de semana; proibição do ingresso de crianças menores de 12 anos em supermercados; reforço na orientação de isolamento social para idosos com mais de 60 anos; proibição de consumo de bebidas alcoólicas nas ruas depois das 22 horas; e proibição de aglomerações em pátios de postos de combustíveis, praças e parques.
“Nos últimos 30 anos o Estado alcançou 1.200 leitos de UTI entre hospitais públicos e filantrópicos. Vamos fechar a semana que vem com cerca de 750 novos leitos e mais três hospitais regionais. Isso mostra a organização da Secretaria da Saúde e das secretarias municipais”, afirmou Ratinho Junior. “Mesmo assim não é possível atender todo mundo sem controle e distanciamento social, que é o único método disponível. Esse é um problema comum e temos que pensar ele de forma coletiva e estratégica. É um trabalho pontual para a Região Metropolitana de Curitiba nesse momento, mas ele pode ser ampliado para outras regiões do Estado”, completou..
O governador prosseguiu com a fala destacando a necessidade de ações conjuntas entre os 29 municípios da 2ª Regional de Saúde. “Temos que cadenciar as decisões para chegar ao final dessa maratona. Curitiba sozinha não vai suportar toda a demanda por conta da relação comercial dos municípios vizinhos com a capital. Temos um grande problema no transporte público, queremos diminuir a circulação nessa região. Os municípios têm que nos ajudar a tomar uma decisão conjunta. Não podemos perder o ritmo que estamos adotando. Não adianta Curitiba fechar e os outros municípios não. Nossa missão é salvar o máximo de vidas”, disse.
A minuta do decreto estadual será encaminhada para deliberação interna na Assomec antes da publicação. A ideia é construir um texto coeso em conjunto com os interesses específicos das prefeituras municipais.