Após meses de seca intensa, as chuvas irregulares trouxeram alívio e redução no número de incêndios.
Com a chegada da chuva em outubro, o Paraná viu uma redução significativa de 57% nos registros de incêndios florestais em comparação com setembro. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros seguem em alerta para enfrentar os efeitos da estiagem que ainda persiste em algumas regiões.
O mês de outubro trouxe chuvas esparsas, mas suficientes para aliviar a incidência de incêndios florestais no Paraná. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), houve 481 ocorrências na primeira quinzena de outubro, uma redução de 57% em relação ao mesmo período de setembro e 67% a menos que em agosto.
Em uma reunião virtual realizada entre a Defesa Civil, CBMPR, Simepar e IAT, foram discutidos os dados climáticos e o impacto na redução das ocorrências. Apesar da melhora, o Estado registrou 12.808 incêndios florestais em 2024, o dobro de 2023, reflexo da estiagem que atinge o Paraná desde o início do ano.
Segundo a capitã Luisiana Cavalca, do CBMPR, outubro é tradicionalmente o mês mais úmido, o que contribuiu para a redução das queimadas. “Felizmente, a chuva ajudou a conter os incêndios, mas seguimos atentos ao que ainda pode ocorrer até o fim da primavera”, afirmou.
Já o meteorologista Reinaldo Kneib, do Simepar, alerta que a chuva seguirá irregular até o início de 2025, com períodos de calor intenso. No entanto, não há previsão de agravamento da seca. A primavera e o verão deverão ter níveis de chuva próximos da média histórica.
ESTIAGEM E AÇÕES DO GOVERNO
A grave seca que se estende desde o início do ano fez com que o governo do Paraná decretasse estado de emergência em setembro, liberando R$ 24 milhões para combate a incêndios florestais. O investimento inclui a contratação de aeronaves, compra de equipamentos e o treinamento de 600 brigadistas em 100 municípios. Além disso, entre julho e setembro, a Defesa Civil emitiu 26 alertas de risco máximo de incêndio.
Fernando Schünig, coordenador da Defesa Civil, destacou que as condições meteorológicas foram atípicas, com temperaturas muito acima da média histórica, o que contribuiu para a propagação de incêndios. “As chuvas recentes ainda não são suficientes para reverter o cenário, e a Defesa Civil segue em monitoramento constante”, completou.
De acordo com o Simepar, os últimos quatro meses têm sido de estiagem moderada no Paraná, com massas de ar quente impedindo a chegada de chuvas volumosas. O inverno de 2024 foi o mais quente dos últimos 30 anos, com temperaturas até 5°C acima da média em algumas regiões do estado, como Noroeste, Centro-Norte e Campos Gerais.
A Defesa Civil continua em alerta, monitorando o risco de novos incêndios, especialmente em dias de calor extremo.
Apesar da redução significativa de incêndios florestais, o Paraná segue em estado de alerta devido à estiagem prolongada e à previsão de novas ondas de calor nos próximos meses. A ação rápida das autoridades e o investimento em infraestrutura de combate ao fogo são essenciais para controlar a situação e proteger as florestas e a população.
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