A Polícia Civil da Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, concluiu o inquérito policial que investigou a morte de Franciele Gusso Rigoni, de 36 anos.
Conforme o delegado Herculano Augusto de Abreu, as investigações apontaram que os dois homens que foram presos durante o andamento do inquérito são os responsáveis pela morte da mulher.
Segundo a polícia, no dia do crime, o marido de Franciele saiu da casa em que o casal morava em Pinhais por volta de 13 horas e seguiu até Campina Grande do Sul, onde buscou o segundo envolvido, um homem de 28 anos que foi preso em julho na cidade de Siqueira Campos. No caminho de volta para a casa eles pararam em um comércio para comprar uma touca e um par de luvas. Na sequência, os dois seguiram até a casa da vítima em Pinhais, sendo que o comparsa do marido entrou no condomínio escondido no banco traseiro do carro. “Ele ficou escondido até o momento oportuno de entrar na casa e matar a Franciele, que estava deitada no sofá”, relata o delegado.
Depois do crime consumado, os dois suspeitos limparam a sala para eliminar o sangue e colocaram o corpo da vítima no banco do passageiro do carro do casal. “Eles também colocaram no porta-malas o tapete da sala”, diz.
Para criar um álibi, o marido da vítima foi deixado próximo a uma loja de materiais de construção, no bairro Atuba, onde fez orçamento de móveis para piscina, e o segundo suspeito seguiu até Quatro Barras, onde dispensou e tentou queimar o tapete.
Depois disso, ele seguiu até Colombo onde abandonou o veículo com o corpo de Franciele.
Ainda de acordo com o delegado, os dois homens foram indiciados por homicídio qualificado mediante paga ou promessa de recompensa, traição e emboscada ou mediante outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima. Eles também devem responder por fraude processual.
Os dois seguem presos. O inquérito foi relatado e encaminhado ao Ministério Público de Pinhais.
RELEMBRE
O corpo de Franciele foi localizado na noite de 31 de maio, no banco do passageiro do veículo Corolla pertencente ao casal. O carro estava estacionado em uma rua de Colombo.
No primeiro momento, o marido relatou que “a esposa teria deixado ele em uma loja, teria seguido para um mercado e não teria voltado para buscá-lo”.
As investigações da polícia Civil de Colombo iniciaram imediatamente, e já no dia seguinte, no encerramento do velório, o marido de Franciele foi preso como principal suspeito do crime.
No outro dia a polícia localizou em Quatro Barras o tapete da casa parcialmente queimado e com vestígios de sangue. A perícia na casa da vítima apontou grande quantidade de sangue humano na sala.
Cerca de 30 dias após o crime, o segundo suspeito foi localizado e preso no interior do Estado. Ele, segundo a polícia, havia vendido um comércio em Campina Grande do Sul e se escondeu em Siqueira Campos.