O Ministério da Saúde lançou na segunda-feira, 14, Dia Mundial do Doador de Sangue, uma campanha nacional de doação de sangue intitulada ‘Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa’. “É importante a doação regular de sangue. Doe sangue regularmente. Vamos nos unir para manter nossos bancos de sangue com reservas suficientes para atender a população brasileira”, afirmou o ministro Marcelo Queiroga. “É uma política pública muito bem-sucedida que antes, durante e após a crise sanitária continuará no centro das nossas atenções”, argumentou.
A principal razão para o reforço no chamado à população é que houve uma queda significativa no número de doações de sangue após o início da Covid-19. Segundo os dados do Ministério da Saúde, em 2019, foram 3.271.824 coletas de sangue no Brasil e, em 2020, 2.958.665. O ministério alerta que, embora tenha havido redução das cirurgias eletivas no país, permanece diária a demanda de sangue por pessoas que têm doenças crônicas, fazem tratamento de câncer, sofrem acidentes e têm complicações em cirurgias e partos que causam hemorragias, por exemplo.
Cada doação de sangue pode beneficiar até quatro pessoas. Vítimas de acidentes, pessoas em tratamento de câncer, com anemias crônicas e que passaram por cirurgias estão entre as que precisam de doação de sangue.
No Brasil, existem 32 hemocentros públicos, com pelo menos um em cada estado, além de 2.175 serviços de hemoterapia, entre públicos e privados. As unidades estão preparadas para acolhimento com medidas de prevenção à Covid-19, como agendamento para minimizar a aglomeração de pessoas, higienização das áreas, lavagem de mãos e uso de antissépticos.
Doação e vacina da Covid-19
O Ministério da Saúde tem incentivado os brasileiros a doarem sangue antes de serem vacinados, porque há um impedimento temporário para que aqueles que receberam certos tipos de vacinas compareçam aos locais de doação. No caso do imunizante produzido pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, por exemplo, o período de inaptidão temporária é de 48 horas após cada dose. Para quem recebeu a vacina AstraZeneca/Oxford, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é de sete dias após cada dose.
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