As atividades escolares estavam sendo realizadas de forma remota ou semipresencial há dois anos. Este longo período de incertezas causadas pela pandemia de coronavírus e o vai e vem da reabertura das escolas, causou um forte impacto na educação. De acordo com um relatório divulgado pela organização Todos Pela Educação, em 2021 houve um crescimento de 171,1% na taxa de evasão escolar relacionada a 2019, o que indica que 244 mil crianças e adolescentes entre 6 a 14 anos abandonaram o ensino.
Desigualdades sociais vivenciadas diariamente nas mais diversas formas resultaram nestes índices agravantes. As causas partem desde a escassez de recursos técnicos para o ensino remoto, à falta de renda suficiente de famílias pobres. No Paraná, uma das medidas tomadas para contornar os desafios da democratização da educação à distância, foi a transmissão de aulas pela TV aberta, voltadas aos alunos da rede municipal de todo o Estado. Outra atribuição foram as aulas preparatórias para o Enem.
Agora, com o retorno as atividades presenciais, a educação enfrenta um grande contratempo: como trazer de volta os alunos que abandonaram as escolas. Todas as 2,1 mil escolas da rede estadual abriram as portas com restrições, envolvendo cerca de 1 milhão de alunos e 90 mil profissionais da educação. O retorno será presencial, assim como terminou o ano letivo de 2021. Mas aulas remotas serão utilizadas em caso de necessidade de eventual fechamento de turmas e/ou escolas.
Conforme as orientações da Seed, estudantes com comorbidades poderão permanecer no ensino remoto (assistindo às aulas disponíveis no canal de YouTube do Aula Paraná, fazendo atividades impressas no Google Classroom ou, eventualmente, participando das aulas pelo Meet) até 30 dias após a conclusão do ciclo vacinal. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), informou que a desinfecção constante de equipamentos e materiais destinados ao ensino deverá ser tratada como prioridade todos os dias.
O início do ano letivo é de grande urgência, mas os protocolos de biosegurança devem ser respeitados com atenção. Quando houver casos de Covid-19 entre os alunos e/ou funcionários das escolas, as pessoas diagnosticadas serão afastadas e uma avaliação será elaborada pelo comitê de biossegurança para avaliar um eventual nível de suspensão das aulas. Caso o contato tenha se limitado a grupos específicos, será considerado o isolamento de uma sala de aula ou de um grupo de uma sala de aula, conforme dito pela Sesa.
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