Uma semana após o Governo do Paraná contratar aeronaves para auxiliar no combate a incêndios florestais, o primeiro avião foi acionado nesta terça-feira (24) em Palmeira, região dos Campos Gerais. O incêndio atingiu uma área de 100 mil metros quadrados na Fazenda Baroneza, onde está localizada a 2ª Companhia do 5º Batalhão de Suprimento do Exército. A aeronave, baseada no aeroclube de Ponta Grossa, foi chamada para apoiar o Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR), que já atuava no combate via terrestre.
Combate aéreo e em solo
O avião, com capacidade para 900 litros de água por voo, chegou ao local em menos de 10 minutos após o acionamento. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa, tenente-coronel Rafael Lorenzetto, a aeronave descarrega água em pontos estratégicos para reduzir a temperatura do incêndio, facilitando o avanço das equipes em solo. Além da aeronave, 15 bombeiros militares de Palmeira e Ponta Grossa foram enviados ao local com dois caminhões de água e um veículo 4×4.
Apoio do Exército
O incêndio ocorreu em uma área militar próxima a suprimentos do Exército, que enviou um caminhão-pipa e mobilizou cerca de 70 pessoas para apoiar o CBMPR no controle das chamas. Outros dois caminhões do Exército foram deslocados para a região.
Ações emergenciais do governo
A contratação das aeronaves faz parte de um pacote de R$ 24 milhões, anunciado pelo governador Ratinho Junior, para enfrentar a estiagem no Paraná. A situação de emergência foi declarada no estado em 4 de setembro devido à seca. O pacote inclui 600 horas de voo contratadas para apoiar o combate às queimadas e R$ 5 milhões do Fundo para Calamidades Públicas (Fecap), destinados à locação de caminhões-pipa, compra de cisternas e cestas básicas para municípios em situação de emergência.
Risco de queimadas permanece alto
O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Schunig, alerta que, apesar de chuvas recentes, o risco de queimadas continua elevado em todo o Paraná. Ele destacou a importância de manter a vigilância para evitar novos incêndios, reforçando que o governo seguirá provendo recursos para a proteção ambiental e da população.