Movimentos sociais, centrais sindicais, partidos políticos, artistas e entidades da sociedade civil lançaram, nesta quinta-feira (10), em São Paulo, o Plebiscito Popular 2025, iniciativa que pretende ouvir a população sobre temas como a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6×1 e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. O ato de lançamento foi realizado às 18h30, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco.

PRINCIPAIS PAUTAS

De acordo com a advogada Glória Trogo, militante do PSOL e uma das organizadoras do plebiscito, a campanha busca ampliar a participação popular nas discussões que já tramitam no Congresso Nacional. “Queremos ouvir o povo sobre propostas que impactam diretamente sua vida. A escala 6×1 é desumana. A redução da jornada de trabalho e a reforma tributária são temas urgentes. Defendemos que quem ganha menos, pague menos impostos, e que quem ganha mais, contribua com justiça”, afirmou.

Segundo Glória, a proposta de isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil já está em tramitação por iniciativa do governo federal. A taxação de salários acima de R$ 50 mil e o fim da escala 6×1 também estão sendo discutidos por meio de projetos como o da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que conta com apoio suprapartidário.

É PRESCISO PRESSÃO POPULAR

Apesar disso, os organizadores afirmam que a pressão popular será fundamental para que as propostas avancem. “Estamos diante de um Congresso com maioria conservadora, ligada ao centrão e à extrema-direita. Medidas como essas só serão aprovadas com mobilização popular”, destacou a advogada, em entrevista à Agência Brasil.

O plebiscito é articulado por frentes como Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de movimentos como o MST, MTST e diversas entidades de base sindical e estudantil. Conforme a expectativa, o lançamento reuniu professores, estudantes, pesquisadores e militantes. A partir de agora, a campanha seguirá pelas ruas do país, promovendo debates e coletando votos.

“O plebiscito é uma jornada que se inicia. Não termina em um dia ou uma semana. Serão meses de mobilização, com temas que consideramos fundamentais para o futuro do Brasil”, concluiu Glória Trogo.

 

Fonte: Agência Brasil

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