Investigação Aponta para Suposto Atentado de Francisco Wanderley Luiz Próximo ao STF

 

Brasília em alerta após explosões perto do STF; Polícia investiga possível ataque planejado por Francisco Wanderley Luiz, que morreu no local.

Ao chegar ao local 13 horas após das explosões, os policiais encontraram o homem aparentemente sem vida após acionar o próprio explosivo. Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

 

Na noite de quarta-feira (13), Brasília foi abalada por duas explosões nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), resultando na morte de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que seria o portador dos explosivos. A Polícia Civil do Distrito Federal identificou o homem e segue investigando o incidente, que levou ao reforço de segurança em toda a área central da capital.

UM ATO PLANEJADO E SEUS DESDOBRAMENTOS

As explosões ocorreram próximas ao Anexo IV da Câmara dos Deputados, onde Luiz teria deixado fogos de artifício e tijolos no porta-malas de seu veículo. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, ao chegar ao local, os policiais encontraram o homem aparentemente sem vida após acionar o próprio explosivo. A área foi isolada, e reforços foram enviados para proteger as principais áreas de Brasília, incluindo o aeroporto, para prevenir novos incidentes.

Em depoimento, um segurança do STF afirmou ter visto Francisco Wanderley Luiz com uma mochila e um extintor próximo à estátua da Justiça, onde ele teria aberto a camisa e alertado para que ninguém se aproximasse antes de deitar-se no chão, aguardando a explosão. O homem, que se identificava nas redes sociais como Tiü França, exibia atitudes de radicalismo político e publicava críticas contundentes ao STF, incluindo ameaças de violência.

QUEM FOI FRANCISCO WANDERLEY LUIZ

Natural de Rio do Sul, Santa Catarina, Luiz era chaveiro e já havia tentado carreira política em sua cidade, sem sucesso, pelo Partido Liberal (PL), numa coligação com o Partido Democrático Trabalhista (PDT), partido do Carlos Lupi, atual ministro da Previdência. Na ocasião, o ex-presidente Jair Bolsonaro não fazia parte do PL.

Seus perfis em redes sociais foram removidos após o ocorrido, mas continham mensagens de ódio direcionadas ao STF e ao sistema político. Em uma de suas postagens, ele apareceu dentro do STF e escreveu que as autoridades estavam “subestimando a raposa no galinheiro”. Em outra mensagem, ameaçou deixar explosivos em locais específicos e lançou um ultimato para o dia 16 de novembro. Suas declarações agora estão sendo analisadas pela Polícia Federal, que mobilizou unidades especializadas para avaliar a extensão e motivação de suas ações.

A REAÇÃO DAS AUTORIDADES

O Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, prometeu rigor nas investigações, enquanto o STF divulgou uma nota confirmando a evacuação dos ministros e servidores na noite de quarta-feira por motivos de segurança. As autoridades ainda estão avaliando o cenário completo para determinar se há outros envolvidos e garantir a segurança da área.

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