Com informações da Agência Brasil

Um ataque militar realizado nesta terça-feira (6) destruiu uma barragem no rio Dnipro, em Nova Kakhovka, uma área no sul da Ucrânia que está atualmente ocupada pela Rússia. Ainda não se sabe a autoria do ataque, e ambos os lados da guerra se acusam. Dezenas de cidades “no caminho” da usina foram inundadas.

A barragem, com 18 km³, pertence a uma usina hidrelétrica, e suas águas são fundamentais para o resfriamento dos reatores da usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa. Com isso, além da catástrofe ambiental e humanitária (ainda não há certeza sobre o número de mortos em decorrência da inundação), há o risco de um desastre nuclear.

Segundo o governo ucraniano, o ataque faria parte da anunciada “contraofensiva” da Rússia, após os ataques com drones em Moscou que teriam sido realizados pela Ucrânia. Por outro lado, o governo russo afirma que o caso da barragem foi uma ação de sabotagem dos ucranianos para incriminar Vladimir Putin.

Além do resfriamento dos reatores nucleares e a produção de energia, a barragem também contribui indiretamente para o abastecimento de água da Crimeia, península anexada pela Rússia ainda em 2014. A região, bastante árida, consome água a partir de um canal próximo à represa.

Dias antes do colapso, uma ponte rodoviária sobre a represa sofreu severos danos. O objetivo é descobrir quem foi responsável por esses danos e se eles teriam levado ao rompimento da barragem, ou se houve um ataque direto à estrutura por parte de um dos lados do conflito.

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