Bertioga (SP), 2023, 683 mm, 1º lugar. São Sebastião (SP), 2023, 639 mm, 2º lugar. Petrópolis (RJ), 2022, 549 mm, 3º lugar. Ilha Grande (RJ), 2022, 440 mm, 4º lugar. Itamaraju (BA), 2021, 325 mm, 10º lugar.
Não, este não é um ranking positivo. Cinco das 10 maiores chuvas já registradas no Brasil foram registradas nos últimos dois anos e dois meses. Reflexo direto das mudanças climáticas causadas pela forma desleixada com que cuidamos do meio ambiente.
Ok, esse conhecimento é recente e não se pode “criminalizar” o comportamento anterior à compreensão desses fatos. Porém, o que estamos fazendo agora, tendo plena consciência de que nossas atitudes pautam o futuro saudável (ou não, provavelmente) do nosso planeta?
Qual legado deixaremos para as próximas gerações, que viverão por muito mais tempo do que nós em um planeta absolutamente desajustado no que diz respeito ao clima. O que falta para entender que a tragédia registrada no feriado poderia ser terrivelmente mais grave se tivesse acontecido em uma zona com maior densidade demográfica?
Passou da hora de não apenas termos nossa consciência individual quanto às questões climáticas, mas cobrar das autoridades que tomem as medidas necessárias para minimizar os efeitos (que já estão aí). Não há mais tempo para ser “terraplanista” em relação a um tema que pode definir tragicamente o futuro de nossas famílias.