O deputado Tiago Amaral (PSD) foi o escolhido para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Luiz Cláudio Romanelli, do mesmo partido, também almejava o posto, mas ficou com a presidência da Comissão de Orçamento da casa, além da liderança do PSD.
A declaração oficial é de que escolha por Tiago Amaral foi consensual. No domingo (12), os deputados Ademar Traiano, Alexandre Curi e Romanelli foram flagrados “confabulando” em um café de Curitiba. Na manha desta segunda-feira (13), houve também uma reunião com o governador Carlos Massa Ratinho Junior, antes do anúncio oficial.
O acordo fechado foi que Amaral presidirá a CCJ nos dois primeiros anos dessa legislatura, sendo substituído por Romanelli nos dois últimos. Ambos deram declarações enaltecendo o entendimento e apontando que o foco agora é dar prosseguimento aos trabalhos.
A Comissão de Constituição e Justiça é tida como a mais importante dentro da Alep. Ela conta com 13 membros titulares e 13 suplentes. Integram a CCJ nessa legislatura os deputados Tiago Amaral, Luiz Claudio Romanelli, Gugu Buenoe Hussein Bakri, do PSD; Flavia Francischini e Luiz Fernando Guerra, do União Brasil; Arilson Chiorato e Luciana Rafagnin, do PT; Delegado Jacovós, do PL; Marcio Pacheco, do Republicanos; Paulo Gomes, do PP; Mabel Canto, do PSDB; e Alisson Wandscheer, do PROS.
A suplência é composta pelos deputados Cobra Repórter, Márcia Huçulak, Adão Litro e Tercílio Turini, do PSD; Do Carmo e Nelson Justus, do União Brasil; Ana Julia e Renato Freitas, do PT; Gilson de Souza, do PL; Cantora Mara Lima, do Republicanos; Soldado Adriano José, do PP; Marli Paulino, do SD; e Fabio Oliveira, do Podemos.
IMPASSE – Apesar do discurso alinhado, houve grande impasse na escolha da presidência da CCJ. Ambos os postulantes formam base aliada do Governo do Estado, e a situação chegou a travar uma sessão de votação na última semana.
Na plenária, Traiano afirmou que foi Romanelli quem recuou em prol de um entendimento, disse que as disputas são normais dentro da casa, e garantiu que Ratinho Junior não interferiu na decisão, apenas respaldando a mesma.
Por outro lado, Romanelli afirmou em coletiva de imprensa que sua decisão foi tomada após apelo feito pelo governador. Até a última quinta-feira (9), as declarações públicas eram de que ele só perderia a disputa pelo CCJ em caso de interferência externa.
Apesar de os fatos soarem contradizentes, Romanelli garante que o apelo de Ratinho Junior não foi feito “enquanto governador”, mas enquanto liderança do PSD, em consonância com a posição de outros líderes da legenda.