No último dia 14 de maio, teve início o lockdown parcial em três bairros rurais da cidade de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. A medida foi decretada pela prefeitura local nas localidades do Capivari (Barragem), Jaguatirica e Ribeirão Grande. De acordo com o poder público, os moradores têm demonstrado compreensão diante da gravidade e da ameaça apresentada pela pandemia do novo coronavírus. Cerca de 4.800 moradores vivem na região onde a medida foi instituída. Durante pelo menos 15 dias, período inicial de duração do decreto, as pessoas só podem sair de suas casas para comprar alimentos, remédios, produtos de limpeza e higiene, para comparecer a consultas médicas, sacar ou depositar dinheiro e para trabalhar. O uso de máscara é obrigatório.

A fiscalização está sendo feita por equipes da Guarda Civil Municipal (GCM), que estão estrategicamente posicionadas nas entradas dos bairros, realizando o trabalho de orientação à população, com o objetivo de instruir os moradores a permanecerem isolados em suas casas. O decreto pode ser prorrogado de acordo com a situação epidemiológica do município. O lockdown mantém em funcionamento apenas alguns estabelecimentos, tais como mercados, supermercados e similares, agropecuárias, farmácias, serviço funerário, transporte coletivo de passageiros – inclusive serviços de táxi e transporte remunerado privado individual, distribuidoras e revendedoras de gás, panificadoras, postos de gasolina, comércio de prestação de serviços essenciais e fornecimento de alimentação, localizados às margens da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116).

O decreto foi assinado e publicado pelo prefeito Bihl Zanetti, um dia após a morte de duas moradoras da Jaguatirica, que estavam internadas desde a semana passada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Nossa Senhora do Rocio, na cidade de Campo Largo. “A decisão foi tomada considerando o número de casos e o número de óbitos já registrados na região. O tempo todo, até agora, trabalhamos no sentido de buscar o equilíbrio entre a saúde das pessoas e a liberdade econômica. Mas a prioridade é a vida”, disse o prefeito. 

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