O prefeito Nassib Hammad é acusado de “furar” a fila da vacina contra a Covid-19 em benefício de alguns servidores da prefeitura. Além disso, denúncias apontam a contratação irregular de pessoas escolhidas por ele. Documentos indicam que alguns funcionários sequer possuem qualificação para as funções exercidas e recebem salários até 50% maiores.
De acordo com o portal G1 Paraná, as investigações apontam que aproximadamente 170 servidores da Prefeitura de Fazenda Rio Grande foram vacinados contra o coronavírus fora do cronograma que prioriza a população por faixa etária e comorbidades. Um servidor da Assistência Social, de 27 anos, foi vacinado quando o município estava imunizando moradores na faixa dos 60 anos, conforme a denúncia analisada na Casa.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi criada em julho de 2021 para apurar as denúncias. O inquérito foi suspenso por duas vezes, uma em setembro e outra em novembro, graças a liminares que suspenderam as sessões. O município conta com 13 vereadores no total, dos quais nove votaram a favor e dois contra a cassação. Dois vereadores estiveram ausentes por motivos de saúde.
A defesa de Nassib Hammad se manifestou sobre o resultado e disse respeitar a decisão. Do ponto de vista dos advogados, trata-se de uma perseguição política. A defesa pretende tentar reverter a cassação. “O Povo Fazendense e os 55,42% de eleitores da Cidade não estão felizes com esse cenário. Justiça se faz com Ética, Moral e Compromisso”, diz a nota. Com a cassação, quem assume a chefia do Executivo é o atual vice-prefeito, Marco Marcondes (Pros).